Deus não erra



"Ninguém deita remendo de pano novo em roupa velha; doutra sorte o mesmo remendo novo rompe o velho, e a rotura fica maior. E ninguém deita vinho novo em odres velhos; doutra sorte, o vinho novo rompe os odres e entorna-se o vinho, e os odres estragam-se; o vinho novo deve ser deitado em odres novos."

O texto em Marcos 2:21,22 fala sobre um evento onde interrogaram Jesus Cristo sobre os motivos a qual discípulos de João jejuavam e os de que seguiam a Jesus não utilizavam desta prática. A resposta do Senhor Jesus possui muito a ver com o fracasso espiritual dos escribas e fariseus observados nos versículos anteriores deste mesmo capitulo do Evangelho de Jesus que possui a escrita atribuída a Marcos. Observa-se isto na cura do paralitico, onde surge o questionamento sobre o poder para perdão dos pecados: "Por que diz este assim blasfêmias? 

Quem pode perdoar pecados, senão Deus? Marcos 2:7; no questionamento quanto a vida em santidade de Jesus por causa de sua ida e comer e estar com o Levi, sim Jesus chama a Levi e vai até sua residência e isto provoca o seguinte questionamento aos escribas e fariseus:"E os escribas e fariseus, vendo-o comer com os publicanos e pecadores, disseram aos seus discípulos: Por que come e bebe ele com os publicanos e pecadores? Marcos 2:16. Estes exemplos colocam em evidência na resposta de Jesus quanto ao jejum dos seus discípulos e dos discípulos de João, que mesmo que estivessem fazendo algo que era nobre e correto, ainda assim seria sem valor, pois estavam fazendo de baixo de valores espirituais estabelecidos em uma aliança espiritual feita no Pentateuco e perdida na consciência envelhecida dos que observavam a Lei e as tradições no tempo presente, se referindo ao sua passagem na terra. 

A nova aliança com Deus estava sendo estabelecida, a obediência aos preceitos divinos, a obediência a Palavra de Deus e atitudes conforme a esta Palavra, precisavam ser reciclados para serem observadas conforme a nova aliança. Porém em que se diferenciaria, já que não houve da parte do Senhor Jesus a rejeição do jejum naquele momento? Ao olhar para leitura do texto em Marcos, se admite que tanto o vinho como o remendo de pano são novos, mas a roupa e os odres são velhos. Com isto se admite que o que é espiritual e no momento tratava-se do jejum, pois era o que estavam tratando, é sempre novo, mas os homens em seus delitos e pecados, sem mentes transformadas, sem vida espiritual em Deus, anulam os efeitos dos resultados espirituais advindos da observação da Palavra de Deus, a renovação pela nova Aliança no Sangue de Jesus Cristo, trás esta mentalidade renovada e preparo de novas roupas e odres novos para o recebimento do que é espiritual e o espiritual aqui destaco a Palavra de Deus. 

Com isto volto no passado a um texto que encerra os Escritos do AT, onde encontramos não elogios ou comemorações por uma obediência, mais sim repreensões para um sacerdócio e povo que já não honravam mais ao Senhor que os separou. Utiliza-se deste texto bíblico neste texto, para mostrar que definitivamente, semelhante as respostas para os fariseus e escribas em Marcos 2, Não, não é a Palavra que perdeu sua eficácia, mais é o homem que está corrompido, nunca foi a Lei de Deus que esteve errada e sim o sacerdote que já não servia para seu oficio. Ao homem é necessário nascer do Espírito de Deus, nascer de novo para entender do Reino de Deus.

"O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou Senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome. E vós dizeis: Em que nós temos desprezado o teu nome? Ofereceis sobre o meu altar pão imundo, e dizeis: Em que te havemos profanado? Nisto que dizeis: A mesa do Senhor é desprezível. Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau? Ora apresenta-o ao teu governador; porventura terá ele agrado em ti? ou aceitará ele a tua pessoa? diz o Senhor dos Exércitos."(Malaquias 1:6-8)

Aqui para este estudo utilizaremos o tema "Dízimo", por ser este tema controverso entre diversos cristãos e não cristãos, mas poderíamos colocar outros temas sitados na Lei de Deus, sua Palavra. Quando há o questionamento sobre os dízimos e ofertas, logo observa-se que questiona-se o assunto e tema errado para se resolver um problema de corrupção, sim pois é isto que se reclama, a corrupção, pois ao avistarem tantos enriquecendo as custas de dízimos e ofertas, os mais fracos na fé logo passam a duvidar da idoneidade do tema DÍZIMO. 

O contexto de Malaquias é de um povo avarento e rebelde que esquecera que existia uma separação para o manter da religiosidade de Israel em ordem, e também para os que a este fim foram separados. Tinham ordem do próprio Deus de viverem do que o povo trouxessem, na realidade o Senhor se prontificou de cuidar deles. É lido em Malaquias uma triste verdade quanto ao povo separado para exercer uma função excelente, eles esquecem de honrar a Deus, esquecem de anunciar as verdades de Deus e vive-las, mas não é um esquecimento causado por enfermidades, velhice e sim por desobediência e desonra ao seu chamado para ser boca de Deus aos homens. Sua obras são de total reprovação, se os sacrifícios do povo perante o Senhor não fazem mais justiça a grandeza do Senhor Deus Criador:

"A mesa do Senhor é desprezível. Porque, quando ofereceis animal cego para o sacrifício, isso não é mau? E quando ofereceis o coxo ou enfermo, isso não é mau?" a geração de sacerdotes que vemos recebendo do povo ofertas e dízimos nos tempos de Malaquias não fica para trás: "Porque os lábios do sacerdote devem guardar o conhecimento, e da sua boca devem os homens buscar a lei porque ele é o mensageiro do Senhor dos Exércitos. Mas vós vos desviastes do caminho; a muitos fizestes tropeçar na lei; corrompestes a aliança de Levi, diz o Senhor dos Exércitos." (Malaquias 2:7,8). 

O livro do profeta Malaquias deixa claro algumas das principais observações por parte do Senhor sobre como nação e sacerdotes estavam procedendo diante do Senhor Deus Criador. Interessante é que mesmo sendo distante dos nossos tempos, conhecendo a história do povo de Israel e como o Senhor os separou no passado para glorificação do seu nome, não é difícil entender estas observações como também é quase que impossível traze-las para nosso tempo em aplicação quanto a tanta apostasia nas Igrejas e conduta erradas de muitos líderes religiosos cristãos, afinal estamos tratando do mesmo Deus dos Cristãos, épocas e histórias diferentes, mas o mesmo Deus e os mesmos pecados dos homens.

Ao povo uma observação do Senhor: "vós ofereceis o que foi roubado, e o coxo e o enfermo; assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o Senhor.: "Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome é temível entre os gentios." Malaquias 1:13,14 Aos sacerdotes também a observação é dura quanto a reprovação: "vós ofereceis o que foi roubado, e o coxo e o enfermo; assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o Senhor. Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome é temível entre os gentios." Malaquias 1:13,14

E os motivos gerais quanto a repreensão também são expostos: "vós ofereceis o que foi roubado, e o coxo e o enfermo; assim trazeis a oferta. Aceitaria eu isso de vossa mão? diz o Senhor. Pois seja maldito o enganador que, tendo macho no seu rebanho, promete e oferece ao Senhor o que tem mácula; porque eu sou grande Rei, diz o Senhor dos Exércitos, o meu nome é temível entre os gentios." Malaquias 1:13,14

O Senhor também adverte toda a nação com suas fazendas: "Com maldição sois amaldiçoados, porque a mim me roubais, sim, toda esta nação. Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim nisto, diz o Senhor dos Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma bênção tal até que não haja lugar suficiente para a recolherdes. E por causa de vós repreenderei o devorador, e ele não destruirá os frutos da vossa terra; e a vossa vide no campo não será estéril, diz o Senhor dos Exércitos. (Malaquias 3:9-11)

É uma verdade que literalmente na nova aliança na era da Igreja este povo como existia não existe mais, pois estamos falando dos sacerdotes e toda linhagem de LEVITAS em Israel, voltados ao culto do Deus hebreu estabelecido nos escritos do Pentateuco. Desta forma estariam todos hoje desobrigados a algum tipo de obediência ou prestação de conta religiosa, como contribuição do dízimo revelada no AT? Pois primeiramente entende-se que por causa da igreja cristã na sua maioria ser formada por nações gentílicas e estarmos na nova aliança, desobrigaria observações de algumas partes das Escrituras? 

Há controvérsias sérias quanto a isto. Para começarmos alguma discussão, primeiro há o dever de entender que não se tratam apenas de fatos históricos de um povo somente, não se trata de uma faze em uma dispensação distante e diferente da que a igreja se encontra apenas, deve-se considerar que se trata de PALAVRA DE DEUS, está escrito, registrado como algo que saiu da boca de um profeta do Senhor como está registrado: "Peso da palavra do SENHOR contra Israel, por intermédio de Malaquias.(Malaquias 1:1). Como podemos ter a Bíblia completa como canônica e selecionar partes para reverenciar em obediência? 

Não se tem como negar que os tempos são outros e Israel hoje é diferente e muito do Israel bíblico, mas a aliança no sangue de Jesus Cristo não é diferente para os cristãos, ao menos não deveria ser. Quando escrevo sobre haver controvérsias sobre a obediência e observação do que foi relatado e advertido em Malaquias ao povo de Israel, está ligado ao evangelho necessitar das mesmas ponderações nos dias atuais. Malaquias ainda profetiza aos que dizem servir ao Deus Criador Pai do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

É sabido que em muitos locais isolados de ajuda financeira que podem sim vir através da observação do dízimo, não significando isto que os que assim fazem observaram a lei como o povo hebreu, mas a observação que o dízimo foi um escape para os tempos passados aos levitas é inegável, sem dúvida nos é também esta prática para os dias e necessidade atuais quando o tema ajuda humanitária para causa do Evangelho no Reino de Deus. Sem falar que são Palavras do Senhor. "Mas estamos na nova aliança e os apóstolos não requereram o dizimo", alguns exclamam. Pois é, mas requereram contribuições aos congregados que de bom grado ajudaram com o que podiam. 

Em resumo a observação do dízimo nunca foi errado pois obedecer a Palavra de Deus não é pecado, como contribuir para ajuda no Reino de Deus também não. O erro é a profanação de algo que foi criado com propósito sacro e não de enriquecer homens, causando tanto embaraço na cabeça dos que não conseguem se firmar em uma fé sólida em Deus e sua Palavra, mas também não andamos por exemplos de erros dos homens e sim pelo que está relatado nas Escrituras. Uma solução prática é ao exemplo do que se instalou com a nova Aliança, ou seja a troca do Sumo Sacerdote terrestre pelo celestial, assim um sacerdócio eterno e celestial, como também o fim do sacerdócio terrestre de Israel pelo sacerdócio real, povo santo eleitos e aceitos em Cristo Jesus. 

Em resumo, se o sacerdote se corrompe troca-o por outro que cumpra a vontade do Senhor. Assim como no texto do profeta do Senhor Malaquias: "O filho honra o pai, e o servo o seu senhor; se eu sou pai, onde está a minha honra? E, se eu sou senhor, onde está o meu temor? diz o SENHOR dos Exércitos a vós, ó sacerdotes, que desprezais o meu nome." - Muitos líderes de igrejas que confessam a fé cristã estão corrompidos pelo dinheiro, fama e poder. 

A grande quantidade de ofertas e dízimos arrecadados e o mal uso do mesmo, a desigualdade instalada entre os que fazem missões no Reino de Deus, luxuosas mansões em contraste com casebres para com os que dizem seguir Jesus Cristo também e ser seu discípulo, lançam dúvidas quanto a veracidade dos textos bíblicos na cabeça dos que são inconstantes na fé. Mas é necessário ser redundante em explicar que a Palavra de Deus é verdadeira e como no passado os sacerdotes já não serviam para glorificar e honrar ao Senhor, assim são muitos líderes cristãos nos dias atuais. O sistema antigo se corrompeu mesmo sendo estabelecido por Deus e organizado pela sua Lei, assim vivemos outro sistema, uma nova aliança no sangue de Jesus Cristo Filho de Deus. 

Se aprende com isso que a Palavra de Deus sempre está certa e sempre será eficaz, mas os sistemas e homens que são responsáveis por interpretá-la devem ser ignorados e substituídos quando profanam as verdades de Deus . Não, não é a Palavra que não vale mais é o homem que está corrompido, nunca foi a Lei de Deus que esteve errada e sim o sacerdote que já não servia para seu oficio.

Presbítero 
Israel Lopes

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