O outro Lado




"E disse ele: Não, pai Abraão; mas, se algum dentre os mortos fosse ter com eles, arrepender-se-iam. Porém, Abraão lhe disse: Se não ouvem a Moisés e aos profetas, tampouco acreditarão, ainda que algum dos mortos ressuscite."(Lucas 16:30,31)

Acreditar ou não na existência do Criador, no plano de salvação para o homem, no pecado, condenação e absolvição do homem, julgamento Divino, pode parecer não ter relevância para muitos, afinal ceticismo está na moda. Mas isto é apenas enquanto o homem possuir folego de vida. Pois estou certo que a incógnita na mente de muitos quanto a existência do Eterno Criador, se assemelha na incerteza cientifica quanto o que há após o último folego de vida do homem. Para negar a existência do Criador, é necessário no mínimo, provas empíricas do que há depois do ultimo folego de vida pois a morte ainda é desconhecida pelos vivos. Biblicamente após a morte, até as provas adquiridas é irrelevante, pois a recomendação é ouvir sobre o Criador e crer em vida e não em morte. 

A fé e a esperança estão juntas, são responsáveis por fazer homens aguardarem justiças da parte do Criador. A Fé é firmeza para os que desconhecem o que está após esta vida, e principalmente não depende do que se vê, mas espera o que não se pode ver, responsável por lançar luz ao que está distante da compreensão humana quando o assunto é metafísico, podemos observar estes e muito mais atributos nos seguintes textos: "Ora, a fé é o firme fundamento das coisas que se esperam, e a prova das coisas que se não vêem." (Hebreus 11:1) "Porque nós pelo Espírito da fé aguardamos a esperança da justiça." (Gálatas 5:5;) "E por ele credes em Deus, que o ressuscitou dentre os mortos, e lhe deu glória, para que a vossa fé e esperança estivessem em Deus;" (1 Pedro 1:21)

Ao observar o que está escrito em Hebreus 11, nota-se que os nomes citados como exemplo aos que querem falar de "Fé", possuem suas histórias e contextos de vida nas Escrituras, e somente nas Escrituras podemos ter respostas dos motivos de suas crenças, servindo assim eles de exemplos para os que desconhecem ainda a forma de esperança ensinada em Romanos: "Porque em esperança fomos salvos. Ora a esperança que se vê não é esperança; porque o que alguém vê como o esperará? (Romanos 8:24).

Ficam em destaque muitos pontos interessantes na parábola descrita em Lucas 16.20-31, mas nos versos 30 e 31, dois aspectos interessantes que não devem ser desprezados: 
1º a Fé no Criador entre os vivos tem valor, mas ao morrer todos acreditarão, pois não negarão o que os sentidos presenciarão, mas não contará valor para justificar a descrença em vida;
2º A incredulidade do homem é tão profunda quanto a própria "´Fé", quando há ausência de Fé, de nada significa a abundancia de provas. Já a forma como a fé é despertada é simples, ouvindo o que diz as Escrituras;

Mesmo sem ter certezas empíricas quanto ao que aguarda o homem após sua morte, segue um conselho prático quanto ter Fé ou não ter Fé no Criador. 

Ouvir o que diz às Escrituras Sagradas Escrituras pode tirar o homem das profundezas da incredulidade. pois Moisés e os Profetas falam do Messias e a vida, morte e ressurreição do Messias é o marco para uma fé inabalável. "Disse-lhe Jesus: Eu sou a ressurreição e a vida; quem crê em mim, ainda que esteja morto, viverá;" (João 11:25) ; "E disse-lhes: São estas as palavras que vos disse estando ainda convosco: Que convinha que se cumprisse tudo o que de mim estava escrito na lei de Moisés, e nos profetas e nos Salmos." (Lucas 24:44)

Os dois discípulos no caminho de Emaús, tiveram uma exposição do que e sobre quem as Escrituras anunciava, passando pela Lei e pelos profetas. Como os olhos dos discípulos neste texto os de muitos estão fechados, pois os acontecimentos, fornecem provas cientificas no mundo físico, de que a inexistência de algo a mais do que a vida terrestre é impossível, mas  para os que se contentam apenas com esta vida e decidiram por isto é verdadeiro o inicio e fim apenas físico. Quando o Senhor aproxima-se dos discípulos e expõe as Escrituras da forma verdadeira, se abrem os olhos dos discípulos: "E ele lhes disse: Ó néscios, e tardos de coração para crer tudo o que os profetas disseram!
Porventura não convinha que o Cristo padecesse estas coisas e entrasse na sua glória? E, começando por Moisés, e por todos os profetas, explicava-lhes o que dele se achava em todas as Escrituras." (Lucas 24:25-27);

Não deve o homem crer por suas ideias do Divino empiricamente comprovadas, mas pela revelação da "Fé" despertada pela Palavra de Deus, mas não se pode esquecer também que saber quem lhe fornece a exposição das Escrituras tem importância, já que as Escrituras sempre foram expostas e nem sempre gerou resultados como quando expostas por Cristo Jesus. Por isto é importante levar a sério o tão conhecido texto: "Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz às igrejas." (Apocalipse 3:6). Se o homem não sabe o que há no infinito da eternidade, dar ouvidos ao que o Espírito Santo diz nas Escrituras é mostrar-se prudente.

Presbítero
Israel Lopes

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